A Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI), por meio da Superintendência de Cidadania e Defesa Social (DDS), realizou nesta segunda-feira (16) a primeira reunião do Grupo de Trabalho de Combate ao Racismo Religioso no Piauí. O encontro contou com a participação de representantes de entidades religiosas, Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Secretaria de Justiça, OAB/PI e Tribunal de Justiça do Estado.
A superintendente de Defesa Social (DDS) da SSP/PI, tenente-coronel Elizete Lima, ressaltou a prioridade da pauta na gestão estadual. “O secretário Chico Lucas nos confiou a missão de construir estratégias de enfrentamento ao racismo religioso no estado, desde a prevenção até o atendimento às vítimas, com foco na não revitimização”, afirmou. A DDS já conduz o programa “Segurança Antirracista”, que será integrado à nova iniciativa.
Durante a reunião, o gerente de Análise Criminal e Estatística, delegado João Marcelo Brasileiro, chamou atenção para a subnotificação de casos nos registros policiais e defendeu a criação de protocolos para qualificação dos dados, além da realização de uma pesquisa sobre a percepção e preparo dos agentes de segurança no atendimento a essas ocorrências.
O coordenador de Igualdade Racial da SSP, João Pedro, destacou que, embora o grupo ainda esteja em fase inicial, ações de sucesso em outros estados, como rondas especializadas, campanhas educativas e protocolos de atendimento humanizado, podem servir de referência.
Superintendente de Promoção da Igualdade Racial e Povos Originários da Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos (Sasc), Assunção Aguiar, reforçou a importância da articulação institucional para o avanço da pauta. “Essa realidade atinge, em sua maioria, pessoas negras e de religiões de matriz africana. As instituições precisam compreender essa vulnerabilidade e agir de forma conjunta para oferecer respostas concretas à sociedade”, pontuou.
A expectativa da Secretaria de Segurança é que, ao final dos trabalhos do grupo, seja instituído um Procedimento Operacional Padrão (POP) específico, garantindo respostas mais eficientes e qualificadas no enfrentamento ao racismo religioso em todo o estado.